terça-feira, 22 de julho de 2008

Maré vai, maré vem.

É certo e sabido que as marés mudam. sim. mudam em determinados intervalos de tempo, e li em qualquer lado que isso tem a ver com eixo de gravidade Terra-Lua...

Só não sabia que a minha maré ia mudar tão depressa - não foi durante um mês, nem sequer uma semana. Bastou uma noite. Uma Lua cheia.

Eu estava perdida em ti, perdida em mim, andava a vaguear por aí! É certo que tinha portos de abrigo, mas nessa Lua cheia, os portos de abrigo transformaram-se em rochedos, contra os quais o meu modesto barco (a remos) foi bater...
Nessa noite de Lua cheia, fomos como num bando, perdemos o Norte nesse mar de luzes e de cheiros e quem sabe de mais coisas que nos embriagaram. E chegou uma altura em que me perdi de ti.

Quando me encontrei fui à tua procura, andei pelo oceano mas, surpresa das surpresas!, encontrei-te nos rochedos:
Escondido nas sombras encontrei-te, olhei-te e descobri qe nunca mais te podia ver na vida - trocaste o meu barco a remos por algo com motor (bem me tinham dito para remendar o casco!!)

A minha maré mudou, quando a lua cheia me revelou o teu corpo, perdido noutro corpo ou coisa [agora acho que foi só uma coisa].

O meu barco virou, eu naufraguei - durante quanto tempo não tenho a certeza. Mas sei que agora não preciso de um barco, nem sequer de uma Lua...

Sou Terra e Sei nadar.

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