terça-feira, 24 de abril de 2007

Saudade

Sinto falta de algo que não tenho
Como sinto falta de ar
Quando a respiraão sustenho.

Sinto falta da tua amizade
Da tua voz quando atendes o telefone
E me deixar matar a saudade.

Sinto falta da guitarra
Que acompanhou tantas canções
E que, de forma bizarra
Acalmou muitos corações.

Basicamente
Sinto saudades tuas,
Quando me lembro pelo que passámos
Pelo que tanto rimos e conversámos.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sentada com a guitarra
Na praia
Escrevo um poema.

Neste sentimento de solidão
Não há espaço para mais ninguém
Excepto tu.

Toco para a lua
A única que me vê inteira
Para a qual não tenho de representar
Para a qual me apresento nua
Sempre tua.

Já me partiste o coração
Mais de mil vezes.
Já me dobraste a razão
Das maneiras que quiseste.

Mesmo quando disse não
Não desististe
E, assim, viste
O que mais ninguém viu.

A esperança de ficar contigo
Há muito que fugiu.
E agora sinto que o meu mundo
Ruiu.

Simplesmente

Com acordes simples
Canto uma canção
Que, com simples acordes,
Me vem do coração.

Com versos simples
Declaro o meu amor
Com simples versos
À vida em meu redor.

Com simples pensamentos
Vivo os melhores momentos
Com simples pensamentos
Deslindo os meus sentimentos.

E assim, simplesmente,
Chego a uma simples conclusão:
A vida é coisa simples,
Para quê fazer dela uma complicação?

dedicatória

Hoje apetece-me escrever
Literalmente, no sentido da palavra:
Só o papel, a caneta
E a mão que nela agarra.

Hoje apetece-me abdicar
Por uns momentos da tecnologia
O telemóvel vou desligar
E as palavras saem por magia.

E assim, sem contar,
Não tenho hipótese senão me declarar
A esta paixão
Que me traz tanta alegria
E frustração.

E assim, sem contar,
Apetece-me gritar:
AMO-TE POESIA!

Um poema de amor, como todos os outros

Tento escrever palavras
Cujo significado sei não existir
Só para te definir.

Imagino sentimentos
Que sei não existirem
Para contigo os sentir.

Imagino um mundo
Onde tu és o alicerce
Onde, sem ti, simplesmente
Toda a alegria desaparece.

E tudo o que sei fazer
É imaginar.

Porque neste mundo
Assente em alicerces de betão
Muito poucos são aqueles
Com coragem para, realmente,
Abrir o coração.

O Amor

O Amor.
Palavra tão abordada,
Amada e odiada.

Mas o que é o afinal o Amor,
Pleno em todas as suas vertentes?

Poderá ele ser inventado,
Fruto da imaginação,
Criado quando a consciência manda
Quando esta precisa de um bordão?

Não sei.

Mas sinto que sem Amor,
Mesmo que por um objecto,
A vida nã teria real valor
Seria só frio intelecto.

Quase


Fiquei conhecida como outra Sofia
Que não existe nem nunca existiu.
A minha sanidade? Perdi-a.
E ainda ninguém a viu...

Divisão dos caminhos.

Sinto um peso no coração
QUe não consigo explicar
Não arranjo uma razão
Que justifique porque estou a chorar.

Tudo corre bem
A paz reina no mundo físico
Não cometi nenhum erro.
Talvez o problema esteja no espírito.

Mudei muito.
Já não sou quem era.
Já não sei quem sou
Ou se alguma vez o soubera.

Vou ter de me refazer
Abandonar todos os vícios
Percorrer todos os hospícios
Para voltar a aprender
O que são estradas e precipícios.
Não sei o que dizer
As palavras são ocas quando escrevo.

O movimento da caneta na mão
Só serve para afastar o medo.

E assim passo o serão
E mesmo que tente não percebo.

Tudo

Tudo o que faço
Tudo o que sou
Depende de ti.

Tudo o que digo
A minha opinião
Prende-se aqui.

Tudo o que sinto,
O que escrevo,
O que afirmo
Sem ter medo.

Tudo o que faço por impulso
Pois não mando no coração
Depende mais de ti
Do que da própria razão.

domingo, 22 de abril de 2007

Sinto-me flutuar
Num mundo de paz e amor
Onde as guerras terminaram
Onde a felicidade é o predominante valor.

Sinto que tudo à minha volta
É um conjunto de pura harmonia.
A beleza está em todo o lado:
No infernal caos, na renascentista simetria.

Todas as cores são belas
Toda a música, qualquer som
Desperta novas sensações
No dia em que o pecado mortal
É a total falta de sensações.