segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Se...

Se fosse um poeta latinista, teria a forma para me preocupar.
Se fosse um poeta modernista, teria regras para quebrar.
Se fosse uma boa baixista, teria solos para me expressar.
Se fosse uma boa estudante, teria resumos para me aplicar.
Se fosse alguéma sério. seria eu para variar...

Transcrição do meu blog antigo2

A minha grande diversão de ontem à noite foi sacar harmónicos do meu baixo.

Para quem nao sabe, um harmónico é uma nota resultante da vibração da corda num comprimento de onda muito específico,que acontece quando se toca muito levemente na corda e em locais específicos.
Enfim, e assim descobri três ou quatro harmónicos novos e atingi o êxtase...lol.

Toda esta conversa de harmónicos e êxtase levou-me a perceber uma coisa: Os Epicuristas tinham razão!

Para quê pressionar a vida e as emoções até ao limite, quando tocando suavemente se atinge um resultado ainda mais satisfatório? Para quê sofrer, para quê morrer de amor, para quê beber até cair?
Mais vale viver um dia de cada vez, não nos ligarmosdemasiado a estas coisas que nos marcam irremediavelmente. Através da mediocridade atinge-se a paz e a paz enche-nos de felicidade.

Afinal, Romeu e Julieta morreram aos 17 anos e os Epicuristas viveram durante décadas, de muito boa saúde!

Salut
A Truta

Transcrição do meu blog antigo1

A vida é como uma pastilha elástica.

Mastigamos
Mastigamos
Enjoamos
Queremos deitá-la fora (mas não temos sítio e não fica bem ter mau hálito)
Mastigamos
Vomitamos

Mesmo asim, passado um dia ou dois sem falar com ninguém, voltamos a comprar um novo pack.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Porque temos tantos altos e baixos na nossa vida?
Quase parecemos uma derivada, para cima e para baixo
Num momento temos tudo, no outro já não há nada.

Uma coisa é certa e segura
Fica sempre a insatisfação
De não teres nenhuma procura
Ou deixares alguém na mão...

Estou cheia de lutar
Até já escrevo em quadras
Estou insatisfeita, insegura e confusa
E uso palavras que já niguém usa....

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Ouço esta música.
Haverá alguém que a ouça do mesmo modo que eu?
Haverá alguma hipótese de correspondência, neste mundo pleno de indolência?
Sinto-me desligada...
Sou antisocial por natureza e não por definição.
Se tudo o que digo ou escrevo sou eu, então prefiro não ser.

Estou separada de mim pela minha mente e corpo - sou quem os outros me dizem para ser.

Ouço outra música.
O meu coração bate.
Não o meu, antes o outro que os outros dizem bater, só porque é suposto.
O meu coração?nunca o o senti bater.
Porque nunca o senti.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

derivações

Se tudo o que eu sentisse passasse para esta página,
Certamente ela estaria vazia
Vazia de todo e qualquer sentimento
Nem a mais remota alegria.

Mas estas páginas só passam bits
bits e códigos binários
Em tudo comuns e ordinários
Aos mais reles dicionários...

Nem tudo o que tem páginas é material
Nem tudo o que tem corpo é normal
Nem tudo o que não o tem é imortal
E ja não sei o que é natural

Perdi todas as definições
Guardadas no disco rígido
Experimentei todas as posições
Mas nem isso mudou o que não sou

All A Trout Can Whisper

É verdade, a Truta consegue sussurrar...

Este é só o primeiro post, esperem pelos seguintes, serão sem dúvida menos standart!

Beijo de Truta