terça-feira, 27 de maio de 2008

Deixo-me ir tão levemente
Por entre os sentimentos
Num dia estou feliz
No outro estou com medo
(e tudo porque não me respondes às mensagens...)

Se calhar devia crescer
E ligar menos às horas
Às demoras...
Se calhar devia pedir menos.

Queria voltar
A uma semana atrás
Tudo era brincadeira
E eu estava menos apreensiva...

Digo-me racional, mas não tenho certezas
Sem pontos finais, onde está a racionalidade?

(quem me dera não ter telemóvel, assim não respondias às mensagens)
Entraste a meio da loucura
E deixaste-te ficar...
Com o teu cheiro a gin
Marcaste algo em mim
E Desapareceste.

Outra vez:
Agora com chá e fumo
E ficaste mesmo contra
Todas as hipóteses,
Não explicaste como.

Mas não sei quando te vou Ver.
Talvez quarta-feira eu ainda queira
Sentir o gin que não deixaste
(agora é só chá)
o Álcool onde está?

A tua simplicidade embriaga-me.
És normal
És um entre muitos, tal como eu
e Desta vez não doeu! (acho eu)

Até lá, Boa noite, Beijinhos e Abraços
Gosto muito que estejas aí.

*

domingo, 18 de maio de 2008

Já nem me lembro das palavras que te disse.
Só sei que de repente voltei a perder-me.

Tinha dito que nunca ia haver nada entre nós mal entrei no carro:

Só me lembro de estar a descer contigo a rua e de desligar de tudo para além das luzes e do [teu] corpo e do [teu] sabor - o resto já tu sabes, não vale a pena escrever...

acordei e senti-te nu. (outra vez?)

quem me dera ter desligado então de vez, mas vi-me em estado de alerta, a fugir não sei bem de quê - quem me viu deve ter pensado que era maluca.


Acertaram.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Engraçado.

É engraçado...

Saí do meu mundo
Das minhas pessoas
Dos meus bons hábitos.

Saí da música indie
da filosofia dos blogues
Encontrei procedimentos mais práticos.

Este novo mundo
Não sabe o que são lâminas
Não conhece o sangue
Derramado pelas lágrimas
(ou pelos pulsos mal cortados)

Por fora, estou integrada.
Por dentro, estou deslocada.

Mesmo assim, nesta comunidade tão sã
Não me viram as cicatrizes
Mas adivinharam-nas...

Fico a pensar como,
Fico mesmo!
Será que val a pena
sair deste marasmo?

Se calhar...


[acabei de ter um vislumbre de alguém como eu... será coincidência tudo o que me aconteceu?]

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Hoje foste tu

Afastar-me
Com a maré sumir
O desejo de fugir
Incendeia-me.

Mais alguém que deixei ficar
Na beira da estrada...
Mudo de lugar
Para trás não fica nada

Os objectos, guardo-os
As memórias, apago-as
O meu modo é circular
As decisões sempre erradas!

Hoje foste tu
E eu
Quem deixei ficar mal...
Desculpa, eu sei que não sou normal!

Foste diferente
Mas nem assim mudei - desisto.

Amanhã voltarei a ser eu
E outro alguém (coitado!)
Tento aprender e não consigo
Já estou habituada a ficar comigo

(o alarme vou ligar, para me despertar em tais situações)

Fica com a a garantia de que foste o último
E o que significou mais
Talvez porque foste diferente
E os outros iguais...