terça-feira, 6 de outubro de 2009

O universo é indiferente.
A ele não lhe interessa quem mente
Ou deixa de mentir!
O que somos no fim para ele:
Partículas, pó,
Mero acidente
Que se atreve a sorrir.

De nós nada restará,
Só a gravidade zero.
Toda a Humanidade finará
Deus não existirá
Nem o Amor, nem o Desespero...

Passam anos como dias
Desta existência acidental.
O tempo não existe, as utopias
São fogo intelectual
De guerra, anormal,
Não encontra alento no dia-a-dia natural.

Devia cada um viver livre
Na morte somos iguais...
Aderir ou não a um culto,
Ser correcto, dizer um insulto
No fim o coração não bate mais!

Seremos entao pó, humanos
Para qualquer insecto.
Indiferentes, como o universo
Sem nome, rosto ou verso.
Tanto o ladrão como quem foi correcto:

Partículas, pó,
Mero Acidente.

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