domingo, 29 de junho de 2008

S. João

Se neste S. João
Eu te visse na rua
Tinha ido ter contigo.

Ao fim de quase um ano
Dir-te-ia sem medo
"Quero que sejas outra vez meu amigo"

Estivesses de copo de cerveja
E martelo na mão
(ou, quem sabe, outra mão de outra pessoa)
Eu iria ter contigo.

E esperava pela martelada
Da tua resposta... (honesta)

Mas este S.joão choveu
E eu mal saí de casa...
Não vi o Fogo, mas também
Tantas cores são uma farça.




*someone hit the light, 'cause I've seen everything*

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dizes que o que escrevo
Não tem qualidade.
Sei bem que o fazes
Por pura maldade...

Dizes que as letras
Ficam melhor em inglês,
Eu digo que se sentem
Bem melhor em português!

A distorção é para ti indiferente
Não te interessa se é jazz ou punk -
só sabes criticar.
Engraçado, nunca te ouvi a tocar...

Sabes que mais?
Vai à merda.
Eu toco o que gosto
Se me apetecer saltar, salto.
E só porque tu não ligas
Vou pôr a distorção mais alto.

Rua do Fim do Mundo

Continua a descer a rua
Que vai dar ao fim do mundo
Estás feliz, radiante
Chegaste a algo mais profundo.

Percebeste finalmente?
Ninguém é doente (a não ser que o sinta)

Agora já não precisas
De me dar o braço (ao descer a rua):
Deste-me um abraço
E foste.

Hoje vou ficar por casa
Não quero andar...
Preciso de parar, cantar,
Apreciar a calma escassa.

(também se te visse descer a rua
Não ia gostar. Ia chorar.
Mais vale ficar por casa, a cantar)